quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Apocalipse: 03 observações importantes


Antes de adentrar num estudo pormenorizado do livro das revelações, o estudioso deve observar algumas questões essenciais, que o impedirão de cometer vários erros de interpretação, além de lhe proporcionar alicerces seguros para o estudo do livro. Vamos às observações.

Diferente do que muitos acreditam, o apocalipse não é um livro selado, que trata de coisas encobertas, ocultas, mistérios. Muito pelo contrário. Apocalipse vem do grego e significa “tirar o véu”, revelar o que está escondido (1:1). A ordem de Deus para o apóstolo João foi: “Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo” (22:10). Então não há sentido em orar pedindo que Deus revele os “mistérios” do apocalipse, pois tudo foi revelado, o véu já foi tirado. O trabalho que resta para a igreja é de interpretação.

Uma outra idéia errônea a respeito do livro é que, essencialmente, o livro trata de tragédia, de catástrofe, caos. Pelo contrário, o objetivo principal do livro foi trazer esperança para uma igreja perseguida e sofredora, na iminência de ser aniquilada pelo imperador romano Domiciano e, num âmbito geral, para a igreja que sofre em toda a história do cristianismo. O tema principal do livro é a vitoria de Cristo e sua igreja sobre o dragão (satanás) e seus aliados (17:14).

A terceira questão equivocada é a criativa afirmação de que as sete igrejas representam sete períodos da história da igreja cristã. Asseveram que Éfeso representaria a igreja primitiva do primeiro século e Laodicéia representa o último período da igreja. Essa afirmação não é corroborada por nenhum texto das escrituras. Logo, deve ser rejeitada.
Soli Deo Gloria

domingo, 15 de novembro de 2009

Ciência: contra ou a favor de Deus?


O conflito entre fé e “razão” é histórico. Nos dois primeiros séculos a igreja primitiva teve que enfrentar três grandes desafios para sobreviver: o gnosticismo, o montanismo e o filósofo pagão Celso.

Na idade moderna, com o advento do iluminismo (a era da razão), esse conflito se exacerbou de tal forma que chegou ao seu extremo ao afirmar que a crença num Deus pessoal e na bíblia não condizia com a racionalidade humana.

Verdade é que como afirmou o famoso historiador Will Durant “a ciência da ao homem poderes cada vez maiores, mas significados cada vez menores; aprimora seus instrumentos e despreza seus propósitos; silencia sobre as origens, valores e objetivos finais; não dá à vida ou à história significado ou valor que não seja cancelado pela morte ou pelo tempo que tudo consome”.

Afinal, a ciência é contra ou a favor de Deus? Para responder a essa pergunta de forma apropriada precisamos inicialmente desmistificar a idéia insana de que todo cientista é por definição um ateu ou que Deus não combina com a ciência.

Na verdade, o que se estabelece é justamente o contrario. Praticamente todos os grandes vultos da ciência declararam sua fé num Deus pessoal. Vejamos, agora, de que lado a ciência realmente está.

Vejamos, abaixo, apenas alguns exemplos de grandes vultos da ciência que se declararam abertamente crentes em Deus.

Francis Bacon (1561-1626) método científico
Galileu Galilei (1564-1642) física e astronomia
Johannes Kepler – Pai da Astronomia
Robert Boyle – Pai da Química moderna
Blaise Pascal – Um dos maiores matemáticos do mundo e pai da hidrostática
Isaac Newton – Pai da física clássica
John Dalton (1766-1844) – Pai da Teoria Atômica Moderna
John Ray – Pai da história natural inglesa
Gregory Mendel – Pai da Genética
Albert Eistein- Maior gênio da ciência mundial
Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) Matemático famoso
John Hutchinson (1647-1737) Paleontologia
Willian Huggins – Pai da espectrometria astronômica
Paul Lemoine - Geologia
Michael Faraday – um dos maiores físicos de todos os tempos
Louis Agassiz – Pai da geologia glacial
Arthur E. Wilder Simit (1915-1995) – Pioneiro do criacionismo moderno, possuidor de 03 (PhDs).

Por questão de espaço não elencamos mais cientistas, mas a lista e interminável. Então, a conclusão mais provável é que a ciência esta ao lado de Deus e não contra Ele.

A Ele seja dada toda glória.

Bibliografia consultada
LOURENÇO, Adauto. Como tudo começou. Fiel: São Paulo, 2007.

sábado, 7 de novembro de 2009

Merece Confiança o Novo Testamento?


Uma das questões clássicas levantadas por todos aqueles que questionam a credibilidade do Novo Testamento diz respeito ao fato de não termos os autógrafos (cópias originais) do texto. Daí argumentam que por possuirmos apenas “cópias de cópias” não podemos saber com precisão o que realmente estava no texto original. Somado a isso, afirmam que historicamente a igreja tem mudado o texto sagrado a seu bel prazer.

Antes de prosseguirmos é importante afirmar que não é apenas o Novo Testamento que não possui os autógrafos. Nenhuma das grandes obras clássicas da antiguidade possui autógrafos. Possuem apenas cópias de cópias. É digno de nota, também, que segundo o erudito em NT, Bruce Metzger, os maiores críticos da bíblia hoje acreditam que o texto que temos é 99% igual aos originais.

Mas até onde se sustentam qualquer um dos questionamentos em relação ao Novo Testamento? O intuito desse artigo não é provar a inspiração do Novo Testamento, apenas sua confiabilidade histórica. Para fazermos isso, faz-se necessário utilizar os mesmos critérios usados para se testar qualquer documento histórico antigo. O principal critério utilizado é o chamado teste bibliográfico, que consiste na análise do número de manuscritos existentes e da quantidade de tempo decorrido entre o texto original e as últimas cópias.

John Warwick Montgomery, jurista e reitor da Faculdade de Direito Simon Greenleaf, Estados Unidos, afirma que “ter uma atitude cética quanto ao texto disponível nos livros do Novo Testamento é permitir que toda a antiguidade clássica se torne desconhecida, pois nenhum documento da história antiga é tão bem confirmado bibliograficamente como o NT”.

Em relação ao primeiro critério bibliográfico, quantidade de manuscritos existentes, o Novo Testamento é inigualável. Atualmente sabe-se da existência de pelo menos 5300 manuscritos gregos do Novo Testamento. Somam-se a esse número mais 10.000 manuscritos da Vulgata Latina e, pelo menos, 9300 de outras antigas versões, perfazendo um total de aproximadamente 24.600 manuscritos.

Mas dos principais textos clássicos antigos, qual vem em segundo lugar? Em segundo lugar temos “A ilíada” de Homero, obra clássica da literatura grega, que possui apenas 643 manuscritos. As Guerras Gaulesas, de Júlio César, possui vários manuscritos, mas apenas 9 ou 10 estão em boas condições; apenas 07 cópias das Tetralogias de Platão sobreviveram; dos 142 livro da História Romana de Lívio, subsistem apenas 35, que são conhecidas através de não mais de 20 manuscritos; 02 cópias dos Anais de Tácito e 08 cópias da História de Tucídedes. Logo, um a zero para o NT.

Ao observarmos o segundo critério, tempo decorrido entre os originais e as últimas cópias, não restará dúvida da supremacia do Novo Testamento sobre a literatura clássica antiga. Temos manuscritos completos de aproximadamente 250 anos após os autógrafos. Segundo os eruditos, o texto mais próximo dos originais que possuímos é o papiro P52 (do evangelho de João), conhecido como John Rylands, datado de 110 a 125a.D. Esse papiro foi escrito 20 ou 30 anos após o autógrafo. Alguns eruditos ainda acreditam que existe um manuscrito ainda mais antigo, o P46, Chesser Beatty, que contém as epistolas paulinas, exceto as pastorais. Esse manuscrito foi datado do final do primeiro século.

E os principais textos clássicos da antiguidade? O texto completo da Ilíada, de Homero, data de 1300 dC; as “Guerras Gaulesas” de César, o manuscrito mais antigo está a 900 anos de distancia do autógrafo; das duas principais obras do maior historiador romano Tácito, “Histórias e Anais”, os dois manuscritos existentes datam de 800 e 1000 anos após os originais. Agora, dois a zero para o NT.
Respondendo a pergunta inicial. O Novo Testamento é digno de toda confiança, pois supera de forma inigualável, no critério bibliográfico, qualquer das mais importantes literaturas clássicas da antiguidade. Negar o Novo Testamento implica, necessariamente, negar toda a literatura clássica antiga.

Soli Deo Gloria.

Bibliografia Consultada
MACDOWELL, Josh. Evidências que exigem um veredito. São Paulo: Candeia, 1996
STROBEL, Lee. Em defesa de Cristo. São Paulo: Vida, 2001.
GEISLER, Norman. Enciclopédia de Apologética. São Paulo: Vida, 2002.